“Temos dons diferentes, conforme a graça que nos foi conferida. Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tem o dom de ensinar, que ensine, o dom de exortar, que exorte...” (Rom 12, 6-8).
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo pela vida, dedicação e empenho de tantos catequistas em nossa Diocese! Demos constantes glórias e louvores a Deus por esse Ministério tão importante e essencial, desde a iniciação ao término da vida de todo cristão. Que alegria encerrar o mês vocacional exaltando os leigos e leigas que se dedicam a iniciar na fé o povo de Deus. O Catequista participa intimamente da missão designada por Cristo e a prolonga, através do seu testemunho de fé e oração, ensinando, à imitação do Mestre, os verdadeiros valores do Reino de Deus. Embora todas as pessoas sejam responsáveis pela difusão da Boa Nova, apenas alguns são chamados e enviados por Deus para exercerem o Ministério Catequético. Os chamados a esse Ministério, demonstram uma vivência profunda e madura da fé, alicerçada na Palavra, na oração e na vida sacramental e, esses elementos, os fazem anunciadores de Deus, ao expressarem, em ensinamentos, o verdadeiro Amor de Jesus por todos e por cada cristão. O Catequista, ao afirmar sua fé e transmiti-la, vai ao encontro dos vazios da alma, para preenchê-los de Deus. A área de atuação do catequista é ampla e dinâmica, pois não se exerce esse dom apenas aos que estão nas formações para primeira Eucaristia, Crisma ou Catequese de adultos. O ser catequista envolve toda vida de quem se dedica a proporcionar ao outro, seja criança, jovem ou adulto, um verdadeiro despertar ao amor de Cristo e sua Igreja. Esse despertar é, por vezes, também dar a conhecer Cristo aos familiares dos que estão sendo catequisados, ou fazê-los retornarem à vida cristã. A missão dos catequistas é árdua e exigente, principalmente diante dos desafios que o mundo atual impõe, com tantas ofertas de conhecimento ao toque dos dedos. Proporcionar o conhecimento de Deus através da experiência pessoal do encontro, torna-se vital para melhorar a convivência familiar e social em tempos de solidão existencial e distanciamento social. Foi preciso muito dinamismo para que a Catequese acontecesse em meio ao caos gerado pela pandemia e, verdadeiramente, o catequista se reinventou para que a missão catequética não se perdesse no meio do caminho, ou ficasse esquecida nesse período difícil e doloroso. Os catequistas plantaram sementes de amor e proximidade através das redes sociais, do contato virtual, não deixando esmorecer a vocação a que foram chamados. Percebe-se aqui a essência da vocação catequética: um dom recebido de Deus colocado à disposição da Igreja e do próximo, em qualquer circunstância, em qualquer tempo e usando de todos os meios disponíveis para anunciar a Boa Nova, com coragem, doação e muito amor, a Deus e ao próximo. A catequese acompanhou o caminhar da Igreja em todos os tempos e incontáveis são os que se dedicaram a essa sublime missão, passando de geração em geração, a educação na fé e o amor a Deus acima de todas as coisas. Inspirado pelo Espírito Santo, sabiamente, o Papa Francisco instituiu o Ministério do Catequista, o que confere autoridade aos catequistas para ensinarem em nome da Igreja, não de forma temporária, mas pela vida inteira. Para além do merecido reconhecimento dessa missão evangelizadora, está também uma maior responsabilidade sobre aqueles que foram escolhidos e chamados por Deus para atuarem na transmissão da verdadeira fé cristã. Essa responsabilidade sempre se fez notar no serviço catequético, basta olharmos a dedicação e empenho dos nossos catequistas nos tempos mais difíceis da Igreja. Ser catequista é um dom, uma vocação exercida de leigo para leigo, tendo como Mestre Jesus, o Bom Pastor, e seus ensinamentos. Gratidão, imensa gratidão aos Catequistas que, além de sua vocação pessoal, familiar e social, encontram tempo para serem sal da terra e luz no mundo! Que, sob a proteção de Maria Santíssima, os catequistas sejam discípulos/ missionários corajosos e alegres no vasto campo da evangelização Diocesana.
Dom Carlos José de Oliveira
Bispo da Diocese de Apucarana
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