DOM CELSO LANÇA DESAFIO NA ABERTURA DA CF 2014

12 Mar 2014
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Durante a abertura da Campanha da Fraternidade 2014 na Diocese de Apucarana, o bispo diocesano, Dom Celso Antônio Marchiori, lançou um dasafio: que todas as comunidades se mobilizem para denunciar  situações características de exploração de mão-de-obra, violência sexual, tráfico de pessoas e de órgãos. O bispo mostrou surpresa quando da  exposição de números relativos ao tema da Campanha da Fraternidade de 2014, especialmente na cidade de Apucarana, onde, segundo relato do vice-prefeito Sebastião Ferreira Martins Júnior, 25 mil pessoas trabalham na indústria de confecções sem registro em carteira de trabalho.


Para o bispo de Apucarana, os fatos e números relatados são preocupantes e merecem uma atenção especial de toda a sociedade brasileira. “Muitos destes casos  acontecem muito próximos de nós e precisam ser combatidos de forma intensa. Portanto, é preciso que todos estejam atentos e denunciem as autoridades e organismos competentes para coibir os abusos cometidos contra homens, mulheres e crianças de nosso meio”, salientou Dom Celso Marchiori. O bispo acrescentou ser fundamental a todo cristão contribuir para minimizar os sofrimentos das pessoas vítimas deste tipo de violência. “Não se pode silenciar diante de situações como estas relatadas e nós, como cristãos, temos obrigação de agir de forma  a impedir que tais fatos continuem impunes em nossa sociedade”, diz ele.
 
A CF 2014 tem como tema Fraternidade e Tráfico Humano e o lema É  para a Liberdade que Cristo nos Libertou. 
 
NÚMEROS - Pesquisa da Organização Internacional do Trabalho estima que as vítimas do trabalho forçado e exploração sexual chegam a 21 milhões de pessoas em todo o mundo. 
Segundo dados fornecidos pelo Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crime, a movimentação financeira envolvida no delito de tráfico de pessoas com fim de exploração sexual para a Europa alcança US$ 3 bi anuais. Das vítimas com origem na América do Sul, é cada vez maior o número de brasileiras, incluindo transexuais, provenientes principalmente das regiões mais pobres do País.
Em 2013, 2.192 pessoas foram libertadas em todo o Brasil, sendo 77 apenas no Paraná. A construção civil foi a maior responsável por isso, sendo o setor da economia brasileira com mais casos de resgates em 2013: foram 866 libertados, ou 40% do total. Em segundo lugar, ficou a pecuária, com 264 (12%). Segundo a Comissão de Pastoral da Terra, desde 2003 foram libertados 42.664 trabalhadores em todo o País.
 


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