Papa Francisco vai presidir na terça-feira, solenidade da Imaculada Conceição, à abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, dando início ao 29.º Jubileu da Igreja Católica.
A cerimónia tem início marcado para as 09h30 locais (08h30 em Lisboa), com transmissão mundial.
Até hoje houve 26 anos santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da Redenção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II).
D. Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, responsável pela organização dos eventos do Jubileu, adiantou esta manhã em conferência de imprensa que a cerimónia de abertura do Ano Santo, com Missa na Praça de São Pedro, vai presidida pela leitura de passagens das quatro constituições aprovadas durante o Concílio Vaticano II (Dei Verbum, Lumen gentium, Sacrosanctum concilium e Gaudium et spes), encerrado a 8 de dezembro de 1965.
Simbolicamente, vão ser lidas também passagens dos documentos sobre o ecumenismo (Unitatis redintegratio) e a liberdade religiosa (Dignitatis humanae).
Em relação à abertura da Porta Santa, o responsável da Santa Sé precisou que a cerimónia vai ser “muito simples” e que, após a passagem do Papa, vão atravessar cardeais, bispos e representantes de sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, em procissão até ao túmulo de São Pedro.
Este gesto simbólico vai repetir-se em todas as dioceses do mundo no domingo seguinte e o próprio Francisco Papa vai presidir à Missa com a abertura da Porta Santa da Basílica de São João de Latrão, Catedral de Roma, a 13 de dezembro, III Domingo do Advento, às 09h30 locais.
Em entrevista à revista oficial do Jubileu, ‘Credere’, o Papa revelou que o objetivo da proclamação do Jubileu da Misericórdia é provocar uma “revolução da ternura” nos mais diversos níveis, prometendo um “gesto” simbólico durante cada mês do Ano Santo extraordinário (dezembro 2015-novembro 2016).
A 11 de abril foi apresentado a bula ‘Misericordiæ Vultus’ (Rosto de Misericórdia), sobre o Ano Santo extraordinário, na qual o Papa convida os católicos a "viver em cada dia a misericórdia” e chegar às "periferias" onde se encontram os mais fracos e desprotegidos.
“Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual! Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos", alertava.
Segundo Francisco, a “trave-mestra que suporta a vida da Igreja é a misericórdia”.
O anúncio deste Jubileu aconteceu a 13 de março, no Vaticano, quando o Papa explicou que a iniciativa nasceu da sua intenção de tornar “mais evidente” a missão da Igreja de ser “testemunha da misericórdia”.
Fonte: Agência Ecclesia
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