O dom de ser mulher

08 Mar 2016
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No dia 8 de março, é comemorado o Dia Internacional da Mulher com seus direitos e desafios. O que essa data nos lembra? A que ela nos remete? Está escrito no Livro de Provérbios 31,10: “Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis”. Eu sou mulher e com propriedade digo: ser mulher é uma bênção!

A todas as mulheres em especial de nossa Diocese

Mensagem pelo Dia Internacional da Mulher

“Eu quero a vida de meu povo” (Ester, 5,3)

A Diocese de Apucarana saúda com alegria e gratidão todas as mulheres, por ocasião das comemorações do Dia Internacional da Mulher. Apraz-nos, neste dia, afirmar com o Papa Francisco que “a Igreja reconhece a indispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos homens” (EG 103).

A atuação transformadora das mulheres na Sociedade e na Igreja é responsável pela construção de relações mais humanas e humanizadoras, buscando o fim da discriminação e da desigualdade, especialmente na relação mulher-homem. Recorda-nos o Papa Francisco que esta relação “deveria reconhecer que ambos são necessários, porque possuem uma natureza idêntica, mas com modalidades próprias. Uma é necessária à outra, e vice-versa, para que se cumpra verdadeiramente a plenitude da pessoa” (Discurso ao Pontifício Conselho para a Cultura).

Entristece-nos, no entanto, o cenário de invisibilidade em que se encontra a maioria das mulheres, bem como o impedimento de sua presença em importantes espaços de decisões. Some-se a isso o desafio da pobreza, da exploração do trabalho e tráfico humano, das violações das culturas e suas crenças, que evidencia as graves violações dos direitos das mulheres. Renova nossa esperança a iniciativa do Poder Judiciário que propôs a “Semana da Justiça pela Paz em Casa”, sugerindo ações, em todo o Brasil, voltadas para a paz nos lares e o fim da violência contra as mulheres. O compromisso com a manutenção de um sadio ambiente familiar é também do homem, pois é dentro da comunhão - comunidade conjugal e familiar - que o homem é chamado a viver o seu dom e dever de esposo e pai (FC, 25).
Os avanços e conquistas das mulheres, garantidos por lei e/ou por políticas públicas, não escondem as deficiências de muitas ações voltadas ao cumprimento e efetivação dos direitos da mulher. A todos, também à Igreja, cabe o dever de assumir a luta das mulheres negras, pescadoras, domésticas, ciganas, catadoras, camponesas, quilombolas, operárias, marisqueiras, prostituídas, ribeirinhas, encarceradas, indígenas, migrantes, donas de casa e de tantas outras que vivem a dolorosa experiência da invisibilidade social.

Este contexto é um apelo a que todos, especialmente os cristãos e cristãs, vençam a tentação da indiferença e se unam na luta em favor da justiça e da equidade, protagonizada pelas mulheres do Brasil.

Ao saudá-las, neste dia, renovamos nosso reconhecimento a cada uma das mulheres, por sua insubstituível presença e participação nas comunidades eclesiais espalhadas por toda nossa Diocese e por seu protagonismo na construção de uma nova sociedade, e rogamos a Deus fortalecê-las na luta de cada dia e abençoá-las em todos os seus caminhos.
Maria, Mãe do Filho de Deus, modelo de mulher, esposa e trabalhadora, proteja as mulheres de nossa Diocese.


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