Debate sobre a Campanha da Fraternidade 2016

10 Mar 2016
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Caritas Diocesana e Facnopar realizam Debate sobre o Tema da CF de 2016

Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, com o tema “Casa Comum: nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5,24).

Debate na Catedral, sobre o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica/2016 organizado pela Cáritas e Facnopar. Debatedores: Pe. Lino Batista (Cáritas), Dr. Thiago Cava (MP), Professora Dra. Silvia (Facnopar) e Ewerton Pires (Secretario Meio Ambiente). Com a presença de 175 participantes que acompanharam atentamente os expositores, questionado-os posteriormente.

O  objetivo principal da CF de 2016 é chamar atenção para a questão do saneamento básico no Brasil e sua importância para garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida para todos.

As escolhas das atitudes para a preservação da vida no planeta Terra devem ser orientadas por critérios coerentes com o propósito de mais justiça e paz. Tais escolhas devem contribuir para a superação das desigualdades e das agressões à criação. Por isso, hoje, as preocupações e consequentes ações no âmbito do saneamento passam a incorporar não só questões de ordem sanitária, mas também de justiça social e ambiental. É, portanto, necessária e urgente que as ações para a preservação ambiental busquem também construir a justiça, principalmente para os pequenos e pobres.

Estudos estimam que morre uma criança a cada 3 minutos por não ter acesso a água potável, por falta de redes de esgoto e por falta de higiene. Crianças com diarreia comem menos e são menos capazes de absorver os nutrientes dos alimentos, o que as torna ainda mais suscetíveis a doenças relacionadas com bactérias. O problema se agrava, pois as crianças mais vulneráveis à diarreia aguda também não têm acesso a serviços de saúde capazes de salvá-las. Ampliando a questão da saúde para todas as faixas etárias, em 2013, segundo o Ministério da Saúde (DATASUS), foram notificadas mais de 340 mil internações por infecções gastrointestinais no país. Se 100% da população tivesse acesso à coleta de esgotos sanitários haveria uma redução em termos absolutos de 74,6 mil internações.

Os últimos dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico – base 2013) mostram que pouco mais de 82% da população brasileira têm acesso à água tratada. Mais de 100 milhões de pessoas no país ainda não possuem coleta de esgotos e apenas 39% destes esgotos são tratados, sendo despejados diariamente o equivalente a mais de 5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza.

Alguns dados mundiais sobre o saneamento:

– No mundo, um bilhão de pessoas fazem suas necessidades a céu aberto.

– Mais de 4.000 crianças morrem por ano por falta de acesso a água potável e ao saneamento básico.

– Na América Latina, as pessoas têm mais acessos aos celulares que aos banheiros.

– 120 milhões de latino-americanos não têm acesso aos banheiros.

 


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