NOSSA ORAÇÃO É O SUSTENTO DO IRMÃO QUE PADECE

NOSSA ORAÇÃO É O SUSTENTO DO IRMÃO QUE PADECE

A humanidade já passou por muitos conflitos e guerras, dos quais sabemos os detalhes através dos registros históricos, fotos e relatos da época. Mesmo as pessoas que nos relatam sobre esses conflitos, quase nada viram devido às dificuldades de comunicação da época e, mesmo assim, todos ficamos impressionados com os horrores causados e pelas marcas que jamais serão esquecidas. Infelizmente, o mundo todo está presenciando, mesmo que à distância, os horrores das guerras atuais. Com o poder tecnológico, todos temos acesso em tempo real dos terríveis acontecimentos que assolam nossos irmãos no Oriente Médio. As barbáries, o terror sem fim que ceifa vidas de ambos os lados chega a nos paralisar e questionar tantas coisas. Diante de tanto horror e dor, a nós, que cremos na força e no poder da oração, cabe-nos seguir o conselho de São Paulo e,   sem demora,  “Orar sem cessar” (1Tes, 5-17); prostrar o nosso coração e oferecer a nossa vida em oração constante como penitência para que seja alcançado o fim das guerras, conflitos, mortes, ataques e possa reinar a paz como fruto do diálogo, do entendimento e da concórdia. A oração atravessa qualquer fronteira, ultrapassa barreiras, derruba muralhas e penetra nos mais endurecidos corações! Mais que isso, a oração permite que nós escolhamos apenas um lado nesta guerra insana: o lado da paz e da fraternidade, do amor e do respeito humano!  Quando o povo reza unido à Nossa Senhora, as preces chegam ao Altar de Deus e não ficam sem resposta. Orar sem cessar é oferecer   cada Eucaristia recebida, cada Ave-Maria rezada, pela dor do povo que sofre as duras penas impostas pela guerra; pelas vidas perdidas; pelos que trabalham nas frentes humanitárias na tentativa de salvar o irmão. Sempre que lembrarmos dos conflitos, rezemos: “Pela vossa dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro!”, tão simples e tão forte essa prece!  O Papa Francisco, brada pela paz: “Que as armas silenciem! Que se ouça o grito de paz dos povos, das pessoas, das crianças! Irmãos e irmãs, a guerra não resolve nenhum problema, apenas semeia a morte e a destruição, aumenta o ódio e multiplica a vingança. A guerra apaga o futuro. Peço aos fiéis que assumam apenas um lado neste conflito: o da paz”. E nos propõe um dia de jejum pela paz: “Decidi convocar um dia de jejum e de oração, de penitência, na sexta-feira, dia 27 de outubro.” Também nós, unidos à dor dos irmãos que sofrem os horrores da guerra, vivamos nesta sexta-feira, dia 27 de outubro, um dia de Jejum e Oração pela PAZ. Como Família Missionária Diocesana, clamemos a intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, pelo fim das guerras, participando em nossas Paróquias da Adoração ao Santíssimo Sacramento e da Santa Missa, invocando com fé e devoção, a cura da humanidade dilacerada pela violência. Pelo auxílio poderoso da Virgem de Lourdes, a Senhora da Paz, nossos clamores serão atendidos e a paz, tão almejada por todos será concedida por Deus Pai, Todo-Poderoso. Tudo no tempo de Deus, a nós, a oração e a fé incessante, sempre.
+Dom Carlos José
Bispo da Diocese de Apucarana - Paraná