Pastoral Carcerária

7 – Comissão Para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz – Serviço
Pastorais




 

Pastoral Carcerária (PCr)

 
13 de agosto dia do encarcerado
"Estive na prisão, e fostes ver-me" 
"Tudo quanto fizestes a um destes pequeninos a mim o fizestes" 
Mateus 25: 36 b - 40  
 
 

 
Pastoral Carcerária Internacional (ICCPPC)
www.iccppc.org/history.htm 
Idiomas: Inglês, Francês, Alemão e Espanhol
Dica: acessar esse site com um navegador de tradução instantânea (Google Chrome)
   
Pastoral Carcerária Nacional (PCrN)
www.carceraria.org.br
Bispo responsável: Dom Pedro Luiz Stringhini
Coordenador Nacional: Pe. Valdir João Silveira
e-mail: valdirjoao@uol.com.br 
Tel: (11) 3151-9419 e 3151-4272
   
Pastoral Carcerária Diocese de Apucarana 
Começou suas atividades em outubro de 1994
Assessor Diocesano
Pe. Luiz Pereira
Paróquia: Paróquia Santa Rita de Cássia - Lunardelli
 
 
 
 
 
 

 
MISSÃO 
 
Ser presença de Jesus Cristo e da Igreja Católica no cárcere e promover a valorização da dignidade humana.
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS   
Levar o Evangelho de Jesus Cristo aos cárceres e colaborar para que os direitos humanos sejam garantidos, através de denúncias, bem como propostas de medidas de conciliação e paz; 
Conscientizar a sociedade para a difícil situação do sistema prisional;
Promover a dignidade humana; 
Motivar a criação de políticas públicas que zelam pelo respeito aos Direitos Humanos.
 
ATIVIDADES 
Visita a todas as dependências prisionais: celas em geral, inclusão, celas de castigo, seguro, enfermaria etc; Diálogo com a sociedade a fim de promover uma consciência coletiva   comprometida com a vida e a dignidade da pessoa humana. Participação em debates e de matérias na imprensa; Apoio jurídico e social às famílias de presos e presas;   Acompanhamento de denúncias de violação de direitos humanos; entre muitas outras...
 

BREVE HISTÓRIA DA PCr
A Pastoral Carcerária nasceu com o próprio Jesus Cristo. Ele mandou que os cristãos visitassem os presos e Ele mesmo foi um preso. Depois dele, os apóstolos também foram presos, recebiam visitas e se correspondiam por cartas com os demais cristãos. 
Essa solidariedade dos cristãos com os presos, que hoje chamamos de Pastoral Carcerária, nasceu com o próprio cristianismo e cresceu espontaneamente, pois onde existisse uma prisão, havia voluntários visitando os encarcerados.
No entanto, somente na Idade Média, a partir dos séculos XI e XII, nasceram grupos organizados para visitar e resgatar as pessoas encarceradas. 
Com a expansão do número de cárceres, principalmente, após ascensão da prisão como principal forma de punição, a Pastoral Carcerária cresceu, uma vez que ela sempre se compôs de cristãos que se organizam e voluntarizam para o atendimento às pessoas privadas de liberdade.
 
No Brasil, embora a existência de grupos de visitação perda-se no tempo, a Pastoral Carcerária como serviço organizado da CNBB deu passos decisivos a partir de 1986, quando se realizou a primeira reunião nacional de que se tem notícia.
 
O massacre contra os presos no Carandiru (108 feridos, e 111 assassinados a sangue frio pelos militares. Essas informações, desde o dia anterior, são escondidas dos familiares dos mortos e da imprensa). Isso aconteceu em  02 de outubro 1992 e abriu as veias do sistema penitenciário. A Pastoral Carcerária que já vinha apontando as frequentes brutalidades do sistema foi uma importante fonte de informação para aqueles que desconfiavam da falsidade dos dados oficiais. 

 


 
Campanha da Fraternidade 1997 (Resumo)
A Fraternidade e os Encarcerados
 
A Campanha da Fraternidade de 1997 adquire um sentido diferente, por inserir-se no contexto do grande Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil em preparação ao Jubileu dos(as) presos(as) que será dia 9 de julho 2.000.
 
O Projeto Rumo ao Novo Milênio, afirmavam os Bispos participantes da 34ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em abril de 1996, "procura responder, com entusiasmo, à Palavra do Papa João Paulo II, que convoca a Igreja, em continuidade com o Concílio Vaticano II, a dar testemunho de sua fé no mundo onde crescem a violência, 
a injustiça e o secularismo; a promover o diálogo e a unidade, principalmente entre os cristãos; a transformar a sociedade em sinal do advento do Reino de Justiça, Amor, Paz, Vida Plena que Jesus veio nos comunicar".
 
Partindo de situações concretas da vida, a Campanha da Fraternidade quer evangelizar, em vista da vida fraterna e da transformação social. Esta situação, assumida como tema de uma CF, é analisada, à luz da Palavra de Deus, no espírito quaresmal, em preparação da Páscoa, segundo o método ver-julgar-agir. O tema é abordado de diversas formas e sob diferentes ângulos. É refletido nos roteiros catequéticos, nas homilias, nos círculos bíblicos, nas mensagens veiculadas através dos meios de comunicação de massa, no cartaz, nos cantos... É celebrado na liturgia - celebrações da Palavra, da Eucaristia, Via-Sacra, Hora Eucarística, Celebração da Misericórdia...
 
O tema da CF de 1997, a Fraternidade e os Encarcerados, exigirá especial esforço para perpassar todos estes meios e estes momentos da vida das comunidades e grupos. Para muitos é um assunto de difícil abordagem, completamente estranho, mas que atinge a todos, direta ou indiretamente.
 
Este tema foi escolhido por ter sido indicado por diversos Regionais da CNBB e porque é necessária a formação da consciência das pessoas a fim de que encarem os presos como seres humanos, possuidores de direitos e deveres.
 
Ao serem dados os primeiros passos para esta Campanha da Fraternidade de 1997, foram lançadas algumas idéias para o seu desenvolvimento. Tê-las presente ajudará na busca de seus objetivos, assim como ajudou a equipe de redação do texto base:
 
- A Campanha da Fraternidade é projeto anual do Secretariado Nacional da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. As Diretrizes são, portanto, ponto de referência obrigatório na elaboração dos diversos subsídios de cada Campanha da Fraternidade. 
 
- O tema "Fraternidade e os Encarcerados" deverá ter forte acentuação cristológica. No tríduo preparatório ao Jubileu do ano 2.000, proposto pelo Papa, o ano de 1997 é reservado à pessoa de Jesus Cristo e seu mistério de salvação, com destaque ao Batismo, ao testemunho da fé, à redescoberta da catequese à luz da Bíblia e à Maria como testemunho de fé vivida. 
Cristo continua preso - "Estive na prisão e viestes - ou não viestes - a mim... tudo que fizestes ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes" ( Cf Mt 25, 31-46). 
 
- O lema - "Cristo liberta de todas as prisões", lembra que há muitos tipos de prisões, de cadeias que tiram a liberdade das pessoas - falta de condições mínimas de vida digna, consumismo, drogas, alcoolismo, trabalho escravo (com diversas formas novas de escravidão...) e outras. 
 
- A libertação dos cativos (presos), a quebra das correntes faz parte do programa de Jesus: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para anunciar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para pôr em liberdade os oprimidos, para anunciar um ano de graça do Senhor" (Lc 4, 18-19). A proposta de Jesus é tarefa de todos os seus seguidores. Somente na medida em que levarmos liberdade aos prisioneiros e aos oprimidos, nos solidarizarmos com os pobres, viveremos o Espírito de Cristo e caminharemos verdadeiramente para sua Páscoa. 
 
- O tema faz rever as causas da criminalidade, da infração da lei, da quebra do convívio social que leva à prisão. Sem negar a responsabilidade pessoal, deve-se considerar a situação concreta de cada indivíduo no seu contexto social: sistemática destruição de valores e indução à violência por parte de meios de comunicação social; desemprego, fome, impunidade. 
 
- O tema exige aprofundamento da atual prática da justiça: a quem é aplicada a lei com rigor? A quem não se aplica com o mesmo rigor? São as graves questões da impunidade e da morosidade, entre outras. 
 
- Deve também considerar as famílias dos presos e o acompanhamento ou desconhecimento da parte das comunidades a que pertencem. 
 
- Não poderá esquecer as vítimas do crime, estejam ou não presos os seus autores: estupros, roubos, assaltos, homicídios, corrupção (administrativa, econômica, moral...).
 
Assim, a Campanha da Fraternidade de 1997 tem os seguintes objetivos:
 
- Despertar a sensibilidade e solidariedade dos cristãos e de todos os homens e mulheres de boa vontade para com as vítimas e para com os encarcerados, ajudando-os a perceberem a realidade carcerária do Brasil e a se comprometerem na realização das mudanças necessárias. 
 
- Acompanhar as vítimas e ajudá-las a enfrentar os seus problemas e a perdoar. 
 
- Ajudar os presos e presas a se tornarem sujeitos ativos no seu processo de conversão e de reinserção na sociedade. 
 
- Colaborar com as autoridades legislativas, judiciárias, policiais, penitenciárias na sua tarefa de fazer as reformas e as leis necessárias. 
 
- Participar ativamente no processo de mudança da sociedade toda para superar os preconceitos, aprimorar a educação, e fiscalizar a aplicação das leis. 
 
- Colaborar com os Meios de Comunicação Social e os formadores de opinião no desempenho da suas tarefas. 
 
- Criar estruturas de atendimento e ajuda aos presos e seus familiares. 
Incentivar a busca de formas alternativas à pena de prisão e de implementar a sua realização. 
 
- Ajudar os educadores e educadoras a realizar a educação para a fraternidade, a reconciliação e a responsabilidade pelo bem de todos. 
 
- Estabelecer parcerias com as Igrejas e organizações da sociedade civil que trabalham nestes campos. 
 
Durante as rebeliões de maio de 2006 A Pastoral Carcerária acompanhou de perto os acontecimentos e apontou os equívocos de uma política estatal minimalista no reconhecimento dos direitos dos presos e maximalista na criminalização e repressão aos pobres. 
 
Essa política de segurança pública repressiva e retributiva levou essa Pastoral a propor como tema da Campanha da Fraternidade de 2009 a segurança pública para trazer os cristãos e a sociedade em geral a assumir juntos o compromisso com a paz.
 
Objetivo Geral
 
Suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança para todos