Pastoral Carcerária
Pastoral Carcerária

Pastoral Carcerária (PCr)

13 de agosto: dia do Irmão Encarcerado

Ensinou JESUS: “Estive na prisão, e fostes ver-me.”

“Tudo quanto fizestes a um destes pequeninos, a MIM o fizestes.” — Mateus 25:36b–40


Pastoral Carcerária Internacional (ICCPPC)

www.iccppc.org

Idiomas: Inglês, Francês, Alemão e Espanhol.

Dica: acessar esse site com um navegador de tradução instantânea (Google Chrome).


Pastoral Carcerária Nacional (PCrN)

www.carceraria.org.br

Bispo responsável: Dom Henrique Aparecido de Lima Coordenadora Nacional: Ir. Petra Silvia Pfaller

Contato

Pastoral Carcerária Nacional

Tel: (11) 3101-6760

Cel: (11) 93744-6170

E-mail: imprensa@carceraria.org.br

Pastoral Carcerária — Diocese de Apucarana

Começou suas atividades em outubro de 1994.

Assessor Diocesano: Padre Paulo Sérgio Aguiar Samuel — WhatsApp (43) 99189-2890 — e-mail: paulo_sergio_aguiar@hotmail.com

Atuação: Pastoral Carcerária só na cidade de Apucarana — Coordenador: Carlinhos — WhatsApp (43) 99900-2185 — e-mail: carlinhospastoral30@gmail.com

MISSÃO

Ser presença de JESUS CRISTO e da Igreja Católica no cárcere e promover a valorização da dignidade humana.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Levar o Evangelho de JESUS CRISTO aos cárceres e colaborar para que os direitos humanos sejam garantidos, por meio de denúncias, bem como propostas de medidas de conciliação e paz.
  • Conscientizar a sociedade para a difícil situação do sistema prisional.
  • Promover a dignidade humana.
  • Motivar a criação de políticas públicas que zelam pelo respeito aos Direitos Humanos.

ATIVIDADES COM PARCERIAS DE COLABORAÇÃO

Visita a todas as dependências prisionais: celas em geral, inclusão, celas de castigo, seguro, enfermaria etc.; diálogo com a sociedade a fim de promover uma consciência coletiva comprometida com a vida e a dignidade da pessoa humana; participação em debates e matérias na imprensa; apoio jurídico e social às famílias de presos e presas; acompanhamento de denúncias de violação de direitos humanos; entre muitas outras.

BREVE HISTÓRIA DA PCr

A Pastoral Carcerária nasceu com o próprio JESUS CRISTO. Ele mandou que os cristãos visitassem os presos e ELE mesmo foi preso. Depois DELE, os Apóstolos também foram presos, recebiam visitas e se correspondiam por cartas com os demais cristãos.

Essa solidariedade dos cristãos com os presos, que hoje chamamos de Pastoral Carcerária, nasceu com o próprio Cristianismo e cresceu espontaneamente.

No entanto, somente na Idade Média, a partir dos séculos XI e XII, nasceram grupos organizados para visitar e resgatar as pessoas encarceradas. Com a expansão do número de cárceres, principalmente após a ascensão da prisão como principal forma de punição, a Pastoral Carcerária cresceu, composta de cristãos que se organizam e se voluntariam para o atendimento às pessoas privadas de liberdade.

No Brasil, embora a existência de grupos de visitação perca-se no tempo, a Pastoral Carcerária, como serviço organizado da CNBB, deu passos decisivos a partir de 1986, quando se realizou a primeira reunião nacional de que se tem notícia.

O massacre contra os presos no Carandiru (108 feridos e 111 assassinados a sangue frio pelos militares — informações que, desde o dia anterior, foram escondidas dos familiares dos mortos e da imprensa). Isso aconteceu em 02 de outubro de 1992 e abriu as veias do sistema penitenciário. A Pastoral Carcerária, que já vinha apontando as frequentes brutalidades do sistema, foi uma importante fonte de informação para aqueles que desconfiavam da falsidade dos dados oficiais.

Campanha da Fraternidade 1997 (Resumo)

Tema: A Fraternidade e os Encarcerados

Lema: CRISTO liberta de todas as prisões

A Campanha da Fraternidade de 1997 adquire um sentido diferente por inserir-se no contexto do grande Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil em preparação ao Jubileu mundial dos(as) presos(as) no ano de 2000.

O Projeto Rumo ao Novo Milênio, afirmavam os Bispos participantes da 34ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em abril de 1996, “procura responder, com entusiasmo, à Palavra do Papa João Paulo II, que convoca a Igreja, em continuidade com o Concílio Vaticano II, a dar testemunho de sua fé no mundo onde crescem a violência, a injustiça e o secularismo; a promover o diálogo e a unidade, principalmente entre os cristãos; a transformar a sociedade em sinal do advento do Reino de Justiça, Amor, Paz, Vida Plena que Jesus veio nos comunicar”.

Partindo de situações concretas da vida, a Campanha da Fraternidade quer evangelizar em vista da vida fraterna e da transformação social. Esta situação, assumida como tema de uma CF, é analisada, à luz da Palavra de Deus, no espírito quaresmal, em preparação da Páscoa, segundo o método ver–julgar–agir. O tema é abordado de diversas formas e sob diferentes ângulos: é refletido nos roteiros catequéticos, nas homilias, nos círculos bíblicos, nas mensagens veiculadas pelos meios de comunicação de massa, no cartaz, nos cantos; é celebrado na liturgia — celebrações da Palavra, da Eucaristia, Via-Sacra, Hora Eucarística, Celebração da Misericórdia.

O tema da CF de 1997, “A Fraternidade e os Encarcerados”, exigirá especial esforço para perpassar todos esses meios e momentos da vida das comunidades e grupos. Para muitos, é um assunto de difícil abordagem, completamente estranho, mas que atinge a todos, direta ou indiretamente.

Este tema foi escolhido por ter sido indicado por diversos Regionais da CNBB e porque é necessária a formação da consciência das pessoas, a fim de que encarem os presos como seres humanos, possuidores de direitos e deveres.

Ao serem dados os primeiros passos para esta Campanha da Fraternidade de 1997, foram lançadas algumas ideias para o seu desenvolvimento. Tê-las presentes ajudará na busca de seus objetivos, assim como ajudou a equipe de redação do texto base:

  • A Campanha da Fraternidade é projeto anual do Secretariado Nacional da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora. As Diretrizes são, portanto, ponto de referência obrigatório na elaboração dos diversos subsídios de cada Campanha da Fraternidade.
  • O tema “Fraternidade e os Encarcerados” deverá ter forte acentuação cristológica. No tríduo preparatório ao Jubileu do ano 2000, proposto pelo Papa, o ano de 1997 é reservado à pessoa de Jesus Cristo e seu mistério de salvação, com destaque ao Batismo, ao testemunho da fé, à redescoberta da catequese à luz da Bíblia e a Maria como testemunho de fé vivida.
    Cristo continua preso — “Estive na prisão e viestes — ou não viestes — a mim... tudo que fizestes ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes” (cf. Mt 25,31–46).
  • O lema — “Cristo liberta de todas as prisões” — lembra que há muitos tipos de prisões, de cadeias que tiram a liberdade das pessoas: falta de condições mínimas de vida digna, consumismo, drogas, alcoolismo, trabalho escravo (com diversas formas novas de escravidão) e outras.
  • A libertação dos cativos (presos), a quebra das correntes, faz parte do programa de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para anunciar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para pôr em liberdade os oprimidos, para anunciar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,18–19). A proposta de Jesus é tarefa de todos os seus seguidores.
  • O tema faz rever as causas da criminalidade, da infração da lei, da quebra do convívio social que leva à prisão. Sem negar a responsabilidade pessoal, deve-se considerar a situação concreta de cada indivíduo no seu contexto social: sistemática destruição de valores e indução à violência por parte de meios de comunicação social; desemprego, fome, impunidade.
  • O tema exige aprofundamento da atual prática da justiça: a quem é aplicada a lei com rigor? A quem não se aplica com o mesmo rigor? São as graves questões da impunidade e da morosidade, entre outras.
  • Deve também considerar as famílias dos presos e o acompanhamento — ou desconhecimento — da parte das comunidades a que pertencem.
  • Não poderá esquecer as vítimas do crime, estejam ou não presos os seus autores: estupros, roubos, assaltos, homicídios, corrupção (administrativa, econômica, moral).

Assim, a Campanha da Fraternidade de 1997 tem os seguintes objetivos:

  • Despertar a sensibilidade e solidariedade dos cristãos e de todos os homens e mulheres de boa vontade para com as vítimas e para com os encarcerados, ajudando-os a perceberem a realidade carcerária do Brasil e a se comprometerem na realização das mudanças necessárias.
  • Acompanhar as vítimas e ajudá-las a enfrentar os seus problemas e a perdoar.
  • Ajudar os presos e presas a se tornarem sujeitos ativos no seu processo de conversão e de reinserção na sociedade.
  • Colaborar com as autoridades legislativas, judiciárias, policiais e penitenciárias na sua tarefa de fazer as reformas e as leis necessárias.
  • Participar ativamente no processo de mudança da sociedade para superar os preconceitos, aprimorar a educação e fiscalizar a aplicação das leis.
  • Colaborar com os Meios de Comunicação Social e com os formadores de opinião no desempenho de suas tarefas.
  • Criar estruturas de atendimento e ajuda aos presos e seus familiares. Incentivar a busca de formas alternativas à pena de prisão e implementar sua realização.
  • Ajudar os educadores e educadoras a realizar a educação para a fraternidade, a reconciliação e a responsabilidade pelo bem de todos.
  • Estabelecer parcerias com as Igrejas e organizações da sociedade civil que trabalham nestes campos.

Durante as rebeliões de maio de 2006, a Pastoral Carcerária acompanhou de perto os acontecimentos e apontou os equívocos de uma política estatal minimalista no reconhecimento dos direitos dos presos e maximalista na criminalização e repressão aos pobres.

Campanha da Fraternidade 2009

Tema: Fraternidade e Segurança Pública

Lema: “A Paz é Fruto da Justiça” (Is 32,17)

Essa política de segurança pública repressiva e retributiva levou esta Pastoral a propor, como tema da Campanha da Fraternidade de 2009, a segurança pública, para trazer os cristãos e a sociedade em geral a assumir juntos o compromisso com a paz.

Objetivo Geral

Suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança para todos.

8 objetivos específicos e o : denunciar a predominância do modelo punitivo presente no sistema penal brasileiro — expressão de mera vingança —, a fim de incorporar ações educativas, penas alternativas e fóruns de mediação de conflitos que visem à superação dos problemas e à aplicação da justiça restaurativa.

Ação Pastoral Carcerária (7 passos)

São Francisco de Assis ficou preso e, só depois disso, é que foi trabalhar de uma forma grandiosa para o Reino de DEUS. Nelson Mandela ficou 25 anos preso; imagine a sua alegria e os resultados que ele conseguiu depois que ficou livre!

Pensar nas soluções dos problemas de Pastoral Carcerária pode ser assustador. Mas, se dividirmos o processo em partes que sigam uma sequência lógica, teremos menos preocupações:

  1. Ideologia Cristã. Orar pedindo fé e sabedoria. O agente de pastoral assume com gratuidade essa missão para JESUS, tendo libertação pessoal dos preconceitos e influências negativas.
    Romanos 10,3: “Ignorando a justiça que vem de DEUS e procurando estabelecer sua própria justiça...” (isso acontece quando se rejeita a formação pastoral).
  2. Conhecimento. Reunir fatos antigos e novos. Assim que você descobre sua paixão, pesquise muito. Faça visitas, reuniões, encontros (viagens), junte tudo o que puder encontrar em livros, revistas (internet) e também opiniões bíblicas construtivas sobre o mundo carcerário.
  3. Planos e sonhos. Quais são os passos necessários? Desenvolva um processo em etapas e anote-o. Se não souber que passos precisará dar para alcançar sua meta, use a visualização: projete-se no futuro, já tendo alcançado a meta, e liste o que foi necessário fazer.
  4. Datas Santas. Aproveitar as atividades da Igreja (Natal, Quaresma, Corpus Christi… e também o Dia do Encarcerado). Estabeleça prazos realistas para cada etapa e/ou meta final; calcule tempo e recursos; esteja aberto a sugestões e busque apoio externo.
  5. Avançar. Vá em frente. Dedique-se. Mergulhe de cabeça. Ganhe experiência. A experiência é o maior mestre. Muitas ideias brilhantes continuam apenas ideias porque as pessoas sentiram medo e não quiseram se arriscar.
  6. Perseverar. Nunca desistir. Muitos perderam sonhos e esperanças por falta de vontade, de concentração ou de paixão. Terão sucesso aqueles que acreditam na equipe e na importância desse trabalho espiritual, e que repensam, replanejam e refazem quando necessário.

Mt 9,38: “Pedi, pois, ao SENHOR da messe que envie operários para a sua messe”.