Mensagem de Dom Carlos José de Oliveira

30 Dez 2021
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DIA MUNDIAL DA PAZ – EDUCAÇÃO, TRABALHO E DIÁLOGO ENTRE AS GERAÇÕES “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. ” (Mt 5,9) No dia 01 de janeiro comemora-se o Dia Mundial da Paz. Estabelecido pelo Papa Paulo VI, no ano de 1967, tornou-se tradição que nesta data, o Papa divulgasse uma mensagem reflexiva que promova o sentimento de paz no mundo. A primeira mensagem, em janeiro de 1968 teve como tema o pedido de cessar-fogo no conflito gerado pela Guerra do Vietnã. Ao longo do tempo, a cada início de ano civil, uma mensagem específica sobre a necessidade da promoção da paz é divulgada para toda humanidade, com o objetivo de fazer-nos refletir diante de tantos conflitos que assolam e fazem sofrer todo o povo. Importante é ter consciência que o conceito de paz tem um sentido muito amplo e com vários significados. No Dia Mundial da Paz, celebra-se não somente a busca pela paz relacionada com a quietude e a ausência de conflitos, mas também a paz que mude a triste realidade de muitas pessoas que sofrem com as desigualdades, a violência, a fome, as doenças, o desemprego e a miséria. Tem também por objetivo semear a paz nos corações atormentados pela ausência do amor e do conhecimento de Deus. Desse modo, a paz, em alguns sentidos, pode representar uma transformação social que vise à inclusão universal das pessoas. A busca pela paz no mundo sempre foi e ainda é muito difícil, exigindo um árduo e contínuo trabalho. Além dos conflitos e confrontos existentes pelo mundo afora, há uma ampla necessidade de se combater as desigualdades sociais, a fome, a miséria e as epidemias que matam e fazem sofrer tantos irmãos ao redor do mundo. Para este próximo dia Mundial da Paz, o Papa Francisco converge sua mensagem para três pontos extremante atuais e importantes: Educação, trabalho, diálogo entre as gerações”. Através deste tema, a humanidade é chamada ‘a ler os sinais dos tempos com os olhos da fé’, para que a orientação desta mudança de mente e de atitudes desperte novas e velhas questões com as quais é justo e necessário confrontar-se. Urgente pensar na educação e na instrução dos povos como base para a construção de uma paz duradoura. Pensar o trabalho como resposta às necessidades vitais do ser humano, como fonte de liberdade e justiça que alcance todos, sem exceção. Exercitar o diálogo como fonte de transmissão de valores e atitudes solidárias, gerando esperança de um futuro mais igual e pacífico. Certo que, para que haja uma verdadeira promoção da paz, ou para fazer que, pelo menos, ela avance mais, é necessária uma ação conjunta, algo muito maior do que uma data comemorativa universal. No entanto, o dia 1º de janeiro é muito importante para estabelecer uma reflexão sobre de que forma promoveremos a paz nas várias partes do mundo. Jesus, o artífice da verdadeira paz, nos ensina a sermos promotores da paz, e espera que realmente o sejamos. Num ano marcado por tantas dificuldades, onde tantos momentos de dor e de desesperança acometeram as pessoas mundo afora, sejamos corajosos e otimistas, pois, se a nós é difícil promover a paz, para Deus tudo é possível. Façamos nossa parte, começando por nós, olhando ao nosso redor, semeando esperança de que é possível construirmos e vivermos num mundo melhor. “Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo” (Col 3,15). Um abençoado ano de 2022, repleto de paz. +Dom Carlos José Bispo da Diocese de Apucarana – Pr.


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