“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação de vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que Lhe agrada e o que é perfeito. ” (Rm, 12, 2) Honrar pai e mãe! Tão importante é honrar pai e mãe que, após os três primeiros, esse mandamento vem em quarto lugar, para nos lembrar de nossas origens, do dom de nossa vida que, já desejada por Deus antes do nosso nascimento, nos remete à união de nossos pais terrenos, nossos genitores. Escolhidos por Deus para serem transmissores da vida, nossos pais são os primeiros a nos acolher com amor, carinho e afeto. Criados por Deus, homem e mulher receberam o dom divino de gerar vidas novas e únicas, perpetuando a espécie humana. Muito se fala das mães, seja por conta da gravidez, da amamentação e dos primeiros cuidados para com os filhos e reconhece-se tudo isso no dom maravilhoso da maternidade; porém, quase nada se fala dos pais, de sua importância e missão na geração e criação dos filhos. Ao celebrarmos o Dia dos Pais, é importante que, primeiramente, nos lembremos que Deus é o Pai de todos. O amor incondicional de Deus é a fonte e modelo de inspiração para o amor paterno. Ser pai é um dom especial, é uma vocação, um chamado à participação no plano da criação, é trazer à vida um novo ser para conduzi-lo e educá-lo conforme os ensinamentos e valores desejados por Deus, como fez São José ao ser escolhido como Pai terreno de Jesus. Homem de virtudes, justo e temente a Deus, São José não mediu esforços para salvaguardar e proteger a vida do Filho de Deus, tornando-se perpetuamente, exemplo de hombridade e obediência ao chamado do Criador. Todo filho e filha tem no pai o primeiro modelo e referência de como se deve viver e é a ele, o pai, que imitam em suas primeiras brincadeiras e levando seus exemplos para a vida também. Ser pai é ser, principalmente, o transmissor da fé católica com atitudes e gestos concretos de quem crê que “Cristo Vive e somos suas testemunhas”, conforme nos ensina o Tema do Mês Vocacional deste ano. Diferentemente do passado, onde o pai era visto mais como provedor e chefe da família, hoje temos os pais mais inseridos na vida cotidiana de cuidados e afazeres em relação à criação dos filhos, desde a mais tenra idade destes. Isso contribui para que os filhos vejam a participação de ambos, pai e mãe, na rotina familiar, o que dá a eles novas perspectivas de unidade e comunhão familiar. Bendito os pais que se espelham em São José e, apesar de tantas tribulações e dificuldades que vivemos nos dias atuais, se empenham com destemor e coragem para criarem seus filhos para Deus e não para o mundo. Bendito os avós que assumem como pais os filhos de seus filhos. Bendito os pais que, sem poderem gerar filhos de sua própria carne, geram-nos no coração, como pais adotivos. Que todos os pais, diante das limitações humanas que possuem, possam agir como o pai da parábola do filho pródigo: amar os que estão juntos e no caminho reto, amando também os que se desviam e voltam buscando o perdão e a reconciliação. Assim como Deus que está presente em todos os momentos de nossa vida, que os pais sejam presentes no amor, na compreensão e na unidade familiar, não se conformando com as propostas deste mundo, mas pedindo em oração o discernimento necessário para cuidar dos filhos conforme a vontade de Deus. À Virgem Maria entreguemos a vida de todos os pais, rogando sua benção, proteção e intercessão. Dom Carlos José Bispo da Diocese de Apucarana - Paraná
Escreva seu comentário