‘A FÉ, SEM OBRAS, É MORTA’ (Tiago 2, 7) Iniciamos o ano com várias perspectivas e um renovo de esperança. Propomos a nós mesmos novas metas, sejam profissionais, pessoais ou materiais e, muitas vezes não almejamos mudanças na nossa vida pessoal de cristãos. Esse é o momento propício para mudar e aprofundar nossa vida espiritual, com mudanças de atitudes, maior fervor nas orações, maior participação na vida cristã e, talvez o mais difícil, amar o próximo e aceitá-lo, da mesma forma que queremos ser aceitos. A primeira atitude para a mudança é formar em nós o desejo real de mudar e olharmos para a Virgem Maria e São José e tantos santos e santas que, em detrimento de suas vontades, passaram a fazer a vontade de Deus, aceitando novos desafios, amparados na fé e no auxílio do Espírito Santo. Decidido o caminho, caminhemos! Deixemos aflorar a fraternidade e, antes de querer a mudança do outro, mudemos nós. A maneira como tratamos o outro diz mais de nós do que deles, portanto, pratiquemos o bem, a qualquer momento. As virtudes morais e cristãs estão ligadas de tal forma que, praticando uma, a outra surge como consequência. A Palavra nos ensina literalmente a sermos coerentes: “Conheço tuas obras, que nem és frio nem quente, quem dera fosses frio ou quente” (Ap 3,15). Deus nos quer autênticos e coerentes, não mornos e indecisos. Mas, como se deve praticar as virtudes? Colocando-nos com humildade na presença do Espírito Santo, Ele nos ensinará e dará a sabedoria necessária para agirmos. Pequenas ações virtuosas trazem grandes ganhos para quem as pratica e as recebe. Porque adiamos esta resolução, porque tememos admitir que precisamos ser melhores seres humanos para sermos mais humanos? Levantemos, pois, e comecemos agora. Exemplos de virtudes a serem postas e prática: exercitar a empatia, sendo mais receptivos e menos orgulhosos; exercitar a bondade, agindo com benevolência e paciência para com as pessoas, conhecidas ou não; ser mais flexível, reconhecendo que outros podem ter mais razão, conhecimento ou melhores ideias do que nós; ser humilde agindo com generosidade e não com orgulho ou egoísmo; ser solidário e fraterno sem julgar os motivos do outro; ouvir mais e falar menos, pôr-se à escuta daquele que necessita desabafar e guardar para si o desabafo ouvido. A prática constante dos bons hábitos morais e éticos brotam da amizade e da proximidade que mantemos com Cristo. Com Ele aprendemos que a fé, a esperança e a caridade são a base da construção da unidade, para que um dia cheguemos a ser um com Ele, amparados por Maria Santíssima, a Senhora Virtuosa e Clemente. +Dom Carlos José Bispo da Diocese de Apucarana - Paraná
Escreva seu comentário