Você sabia que o Ano jubilar, também chamado de Ano santo, é um marco histórico para nós cristãos católicos?
É celebrado a cada 25 anos e consiste em uma oportunidade de renovação e reconciliação espiritual.
Inicialmente, os anos jubilares eram celebrados a cada 50 anos, vindo da tradição bíblica de uma prática descrita em Levítico, capítulo 25, estabelecendo um ano de perdão e de libertação, vale a pena conferir.
Mais tarde a igreja alterou o ano jubilar para cada 33 anos, recordando a idade de Jesus Cristo no período de sua paixão, morte e ressurreição. Posteriormente, o Papa Paulo II fez a alteração para cada 25 anos, que permanece até os dias atuais.
Estes anos especiais, sempre vieram em momentos oportunos, marcados por grandes acontecimentos ou sofrimentos passados em cada período.
Vamos recordar alguns exemplos?
Em 1350, o Jubileu aconteceu em meio à Peste Negra, porém houve a participação de milhões de peregrinos. Em 1500, instituíram o rito da abertura da Porta Santa, uma prática essencial incorporada até hoje nos anos santos.
Em 1550, houve a retomada do importante Concílio de Trento, e no jubileu de 1575, o foco foi a renovação da fé, em resposta do Concílio de Trento às crises protestantes. Em 1625, houve a inovação de conceder indulgências aos doentes e prisioneiros que não podiam peregrinar.
Em 1933, o ano santo celebrou o aniversário de 1900 anos da Paixão de Cristo, atraindo milhões de peregrinos. Em 1950, em meios às dificuldades do pós guerra mundial, foi proclamado o Dogma da Assunção de Maria. O de 1975, que aconteceu um tempo depois do Concílio Vaticano II, foi o primeiro transmitido mundialmente.
Todos os anos santos nos trouxeram grandes riquezas, sempre nos apresentou temas oportunos, como São João Paulo II, que no ano 2000, enfatizou a unidade cristã. Como Papa Francisco, que em 2015, deu ênfase na misericórdia como essência da fé... enfim, muitos foram os acontecimentos e as oportunidades de peregrinações, indulgências e conversão pessoal.
Neste ano jubilar de 2025, no nosso hoje, devemos nos alegrar por mais uma oportunidade.
Nos foi dado como tema central a esperança. Esperança de sermos uma Igreja mais santa, mais reconciliada com Deus, mais liberta, mais unida, mais justa, mais misericordiosa e mais feliz. Portanto irmãos, que neste ano possamos aproveitar ao máximo esse privilégio, talvez único para alguns, e sermos verdadeiros “Peregrinos da Esperança” como nos pede o Papa Francisco sob a inspiração do Apóstolo Paulo, que diz: a esperança não engana (Rm 5, 5).
Qual a sua esperança para este ano jubilar?
Texto: Larissa França Lopes – Especialista em Arquitetura do Espaço Litúrgico e Arte Sacra.
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