“Tu criaste o íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe.”(Sl 139-13).
Muitos dizem que ‘dia das mães é todo dia’! Sim, mãe é mãe todo dia, toda hora e a todo instante, no entanto, quase ninguém se atenta em agradecê-la todo dia! Por isso é importante termos um dia especial para lembrarmos de forma especial da nossa mãe, que Deus mesmo desejou para nós! Às mamães que estão presentes e aquelas que já partiram para a eternidade, nossa gratidão pelo sim dado à vida, para gerarem dentro de si mesmas a cada um de nós! Elas fazem parte da graça Divina da continuidade da vida, gerada no coração de Deus e formada em seu ventre! Há mães que geram, mães que adotam, avós que criam os netos, voluntárias que se tornam mães em lares e abrigos, religiosas que se dedicam nos tantos institutos para menores, todas mães segundo o Coração de Deus e de Maria Santíssima. Deus as abençoe! Mãe é uma criatura que nos parece incansável, uma fonte de força inesgotável e um abrigo para todas as horas! E não é que é verdade tudo isso? Se olharmos atentamente para o dia a dia de uma mãe, perceberemos que seus afazeres vão muito além do que vemos. À semelhança de Deus, o amor de uma mãe é incondicional por cada filho, não importa quantos ela tenha. Mãe não ama mais a um em detrimento de outro, ao contrário, ela ama todos, de forma diferente, mas, ao mesmo tempo, ama com a mesma intensidade e, isso, só entende quem é mãe. O amor materno é o que mais se assemelha ao amor de Deus, pois, mãe gera o filho que já nasceu no Coração de Deus, e o traz à luz desse mundo, com a sublime, porém, difícil missão de criá-lo não para o mundo, mas para que esse filho viva no mundo sendo de Deus, e assim, ele volte um dia para o mesmo Deus que o gerou em seu Coração. A responsabilidade de gerar um filho, criá-lo nos caminhos da fé, educando-o conforme os preceitos divinos exigem perseverança, uma constante vigilância em suas próprias atitudes e, acima de tudo, um exemplo de vida pessoal para que os filhos permaneçam unidos à família terrena e a Deus. O espelho das mães é a Mãe de Jesus, que em tudo fez a vontade do Pai. Espelhando-se na Virgem Maria, as mamães encontram forças para enfrentar as dificuldades cotidianas, ora as vencendo, ora as contornando, na certeza de não estarem sozinhas. Toda mãe terrena tem um quê da Mãe do Céu, com tantos títulos: são mães das dores que choram pelas dores dos filhos; mães do Rosário que rezam incessantemente por eles; mães da alegria que se alegram com suas conquistas; mães intercessoras que rogam por suas necessidades; mães das lágrimas que sofrem junto a eles; mães que ficam aos pés da cruz junto aos filhos doentes ou que se desviaram do caminho; mães que choram; que silenciam, que corrigem e perdoam. Mães que não desistem e ficam à espera e abrem seus braços já envelhecidos e fraquejados para receber, com um abraço, o filho que partiu para viver uma vida errante e, de repente volta e preenche aquele lugar que sempre foi seu. Como presentar uma mãe nesse dia tão importante? Todo mimo é bem-vindo e elas gostam, mesmo quando dizem “não precisava!”, porém, a oração de ação graças é o primeiro presente que devemos dar a elas, não só neste dia delas, mas todo dia de nossas vidas! Que a Senhora de Lourdes, Mãe de nossa Diocese, derrame a água da vida em abundância sobre todas as mamães e interceda por aquelas que já partiram. Minha bênção a todas as mamães!
+Dom Carlos José
Bispo da Diocese de Apucarana - Paraná